O que – e como – decidimos comer depende de muita coisa. Muita mesmo! Isso significa que a escolha alimentar é determinada por fatores biológicos, psicológicos, econômicos e até mesmo sociais. Quando a obesidade entra em jogo, a situação fica ainda mais complicada. Afinal de contas, a ciência ainda não conseguiu explicar totalmente por que algumas pessoas engordam a ponto de ficarem obesas.
Sabe-se que a doença está relacionada à inatividade física, assim como ao consumo excessivo de produtos industrializados. O problema, muitas vezes, é desencadeado quando se come para compensar problemas como a ansiedade e a depressão. O que acontece é que a pessoa se alimenta de forma desregrada e perde em qualidade de vida, agravando ainda mais os sintomas de distúrbios ou doenças psiquiátricas. É um ciclo difícil de sair.
A nutricionista da Clínica Mirabile, Dra. Débora Schneck, afirma que a obesidade também pode ser desenvolvida por questões patológicas. E, por isso, deve ser acompanhada por um especialista da área independentemente do caso.
“Precisa haver uma avaliação mais profunda, que inclui exames laboratoriais, e de imagem, para verificar a existência ou não de patologias”, defende.
Débora explica que, para prevenir a doença, é necessário estimular a alimentação saudável e a prática física desde a infância – trabalho que inclui a contribuição e o comprometimento dos pais da criança. Além disso, sugere um contato mais próximo com os meios de produção para desconstruir a ideia de que uma boa alimentação precisa custar muito.